O Google puxa
nesta terça-feira, dia (30) o plugue que mantém vivo o Orkut. Antes uma
grande e saudável rede social, há anos o site vive em estado vegetativo,
alimentando-se de raras visitas e boas doses de nostalgia. Alguns
internautas chegaram a levantar a voz a favor do site, mas a petição
criada na rede como último recurso para dar sobrevida a ele não
conseguiu nem mesmo cumprir a cota de 100 mil assinaturas — em outros
tempos, a comunidade virtual esbanjava 40 milhões de membros somente no
Brasil.
“Foram 10 anos
inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles de vocês que ainda
utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que encontrem comunidades
on-line para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões
na próxima década e muito além”, lamenta, em nota publicada no blog do
Orkut, Paulo Golgher, diretor de Engenharia do Google. Desde que o fim
foi anunciado, em junho, o que já foi o clube mais amigável da internet
não aceita novos membros. A gigante da internet vai se dedicar
integralmente aos filhos mais promissores, como YouTube, Blogger e
Google+.
Um arquivo com
todas as comunidades públicas ficará disponível para visitas a partir
desta semana, mas, depois de quarta-feira, será impossível editar o
conteúdo da rede social. Quem não quer ver seus antigos posts
eternizados nesse memorial virtual tem amanhã a última oportunidade de
excluir seu perfil da rede de uma vez por todas. Essa também é a chance
final para o internauta ler seus scraps, emocionar-se com os depoimentos
postados na sua página ou até mesmo fazer uma cópia desse conteúdo para
o arquivo pessoal.
O Orkut foi
criado há pouco mais de 10 anos pelo engenheiro de software turco Orkut
Büyükkökten quando ele trabalhava no Google. O site de relacionamento
passou quase que despercebido por grande parte do mundo, onde o MySpace
ainda era unanimidade. No Brasil e na Índia, no entanto, a página do
círculo cor-de-rosa virou febre. A banda larga ainda começava a se
popularizar por aqui e lan houses faturavam com internautas interessados
em selecionar fotos para postar (o álbum só aceitava 12 imagens), fazer
amigos e, claro, escrever depoimentos sobre aqueles mais queridos. Os
recados, os depoimentos e as fotos podem ser salvas. Aliás, qualquer
dado que esteja em uma ferramenta como Gmail, YouTube ou Bogger, por
exemplo, pode ser resgatado. A recuperação é feita pelo Google Takeout.
Blog: O Povo com a Notícia
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