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terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Apesar das ameaças, vítima de feminicídio em Tabira nunca procurou a delegacia para denunciar


Por Júnior Alves

A semana começou com um triste fato em Tabira quando mais uma mulher foi vítima da ação violenta e criminosa de um homem. Hélio Ribeiro Guedes, conhecido por Dodô de Juazeirinho, matou com vários golpes de faca a sua ex-companheira Maria José Pereira de Brito, 29 anos.

Todas as evidências mostram que a convivência entre os dois era mais que turbulenta. Talvez por isso a vítima optou pelo fim do relacionamento, mas acabou tendo o final trágico que muitas mulheres têm.

Dodô de Juazeirinho não aceitava o fim da relação e passou a perturbar a vida de Maria José através de ameaças. Neste dia 6 de fevereiro aconteceu o capítulo final desse drama com o assassinato de Maria em seu local de trabalho no centro de Tabira.

A produção do Programa Cidade Alerta, da Rádio Cidade FM, apurou junto a um policial civil que, apesar das ameaças sofridas, Maria José nunca havia procurado a delegacia para registrar uma queixa contra o seu ex-companheiro e dar ciência à polícia do fato.

Ainda segundo levantamento feito pela produção do programa, a única vez que Maria José esteve na delegacia foi no ano de 2017 para prestar depoimento como testemunha de um outro fato, mas não como vítima de qualquer violência.

Pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), que ouviu 2.084 pessoas em 130 municípios brasileiros, indica que 52% das mulheres que sofreram alguma agressão no último ano ficaram caladas.

Pra se ter uma ideia da gravidade, a pesquisa ainda traz um número estarrecedor. Apenas 5 das 124 vítimas de feminicídio no estado de São Paulo, entre março de 2016 e março de 2017, haviam registrado boletim de ocorrência contra o agressor — ou seja, 4% delas

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