Símbolo da região, jumento foi sendo abandonado
no Nordeste e passou a circular solto em rodovias
Dois anos após um promotor do Rio Grande do Norte
ter feito um churrasco de jumento para incentivar o uso do animal como
alimento, o Nordeste ainda tenta resolver o problema de jegues
abandonados pelas estradas.
Doações, abate legal,
produção de queijo nobre, transporte de bananas, atração turística e até
"jegueterapia": não faltam alternativas, mas nenhuma emplacou até
agora.
Área de criação de jumentos em Carpina (PE) para produção de leite;
investidores estrangeiros visam produto para produção de queijo nobre
O lombo do jumento
perdeu espaço no Nordeste para motos e máquinas agrícolas. A frota de
duas rodas no Brasil cresceu quase 600% desde 2003: 1,2 milhão para 6,9
milhões de veículos.
Sem utilidade, o bicho
foi sendo abandonado. Passou a circular solto em estradas, agravando o
problema dos acidentes na região, que concentra 90% dos asininos (que
incluem ainda burros e mulas) do Brasil.
Jumentos reunidos para abate em frigorífico em Miguel Calmon (BA);
atividade autorizada pelo Estado foi suspensa a pedido do Ministério
Público
Não há estatísticas
precisas sobre acidentes com jumentos no Nordeste. Os dados são
organizados como "acidentes com animais", mas a Polícia Rodoviária
Federal (PRF) assegura que a maioria envolve asininos.
Somente nas estradas
federais que cortam a região houve 8.050 acidentes com animais de 2012 a
agosto deste ano, com 1.647 feridos graves e 259 mortes. E desde 2015
foram mais de 27 mil apreensões de animais. (UOL)
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