O que seria um
sábado de sete de setembro festivo acabou se transformando numa grande
tragédia, testemunhada por dezenas de pessoas no centro da cidade de
Cabrobó. Às 11:00h desta manhã (07), o jovem desempregado Whelio Verbino
da Luz se jogou de uma das torres de telefonia do prédio da operadora
Oi, sob os olhares perplexos de várias pessoas que assistiam ao seu
desespero. Antes do pulo fatal, a Policia Militar, através do Capitão
Jacinto, tentou acalmar o rapaz e ganhar tempo até a chegada da viatura
do Corpo de Bombeiros, que se deslocava de Salgueiro, a 68km de Cabrobó.
Também estavam presentes na negociação o juiz Marcos Gadelha, dois
pastores evangélicos e uma psicóloga. Os apelos, no entanto, não foram
suficientes. Após pouco mais de uma hora de tensão no alto da torre,
Whelio tomou um impulso repentino e se projetou no ar, sob os gritos de
uma multidão estarrecida. O choque na calçada foi fatal. Ele teve
fratura exposta, politraumatismo e hemorragia interna. Levado de
ambulância ao hospital municipal, acabou morrendo em poucos minutos.
Whelio tinha 23 anos e, segundo relatos de parentes, estava com
problemas conjugais com sua esposa. A jovem, inclusive chegara ao local
momentos antes do suicídio, mas não foi vista pela vítima. Segundo o
delegado de plantão, Ronaldo Luiz Dantas, Whelio Verbino tinha passagem
pelo CAPs – Centro de Apoio Psico-Social, pois sofria de doença
psiquiátrica, era depressivo e usuário de Crack. A Polícia informou
ainda que só com a realização de exames pode-se saber se ele tinha
ingerido substâncias tóxicas antes de falecer. No hospital, o pai de
Whelio, Pedro Verbino, apenas murmurou uma palavra ao ser indagado sobre
a tragédia. “Fraqueza”, resumiu. A vítima era natural de Santa Maria da
Boa Vista e residia no Bairro Subestação, na periferia de Cabrobó. Sua
família é da aldeia Umbuzeiro, pertencente à tribo indígena Truká, na
ilha da Assunção.
Fonte: Folha da Cidade
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