A mais longa estiagem dos últimos 100
anos no Rio Grande do Norte está mudando hábitos e transformando
paisagens interior a dentro. Reservatórios secaram, cachoeiras
desapareceram e o verde da vegetação ganhou tons de cinza. O solo
rachou, animais morreram, plantações foram dizimadas. Os prejuízos,
somente no ano passado, somam R$ 3,8 bilhões. E o sertanejo, que sofre
com escassez, agarra-se à fé. As previsões para o ano que vem não são
boas. Um reservatório com obras atrasadas e a transposição do rio São
Francisco, que sequer tem data para chegar ao território potiguar, são
as soluções apontadas pelos governantes.
Dos 167 municípios do estado, 153
estão em estado de emergência pela falta de chuvas. Destes, 122 são
abastecidos por caminhões-pipa. Em onze cidades, que se encontram em
colapso no abastecimento, o fornecimento de água está comprometido e a
Compahia de Águas e Esgotos (Caern) suspendeu a cobrança das faturas. A
maior barragem do estado, a Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, já
atingiu o volume mais baixo de sua história. Nas regiões afetadas tem
gente que só pensa em ir embora.
(fonte do G1)
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