O
cabo Alexandro Aparecido dos Santos, de 36 anos, da Polícia Militar
(PM) foi morto com um tiro no pescoço durante uma abordagem a três
pessoas no bairro Novo Horizonte, em Rio Branco.
Segundo o capitão Felipe Russo, um dos homens reagiu à fiscalização,
iniciou uma luta com o cabo e acabou conseguindo pegar uma das armas do
militar.
Russo acrescentou que dois dos
envolvidos foram presos no momento da ocorrência, incluindo o que
efetuou o disparo. O terceiro suspeito conseguiu fugir do local,
conforme informações da polícia. O cabo chegou a ser socorrido pelo
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu a caminho do
hospital.
A defesa de Kennedy Silva Magalhães,
apontado como autor do disparo que matou o PM, disse, já nesta
terça-feira (16), que não é possível afirmar que o tiro partiu de
Magalhães, diz ainda que deve pedir perícia.
"Vamos requerer a perícia e vamos
ver se há resquício de pólvora na mão do Kennedy. Porque o que fica
claro é que houve um tumulto. Totalmente diferente da primeira acepção
da polícia, que alega que ele roubou e atirou contra o PM", diz.
"A guarnição foi fazer uma abordagem
de rotina e foram abordar três indivíduos a pé. Um deles reagiu, travou
uma luta com o PM, conseguiu tomar uma das armas que ele portava e
atirou. Ele [policial] faleceu na viatura do Samu", explicou o capitão.
Os dois homens presos durante a
ocorrência, de acordo com Russo, foram encaminhados à Delegacia de
Flagrantes (Defla) também na capital acreana.
O Comanda da Polícia Militar
manifestou, em nota, pesar pelo falecimento do cabo. Destacou ainda que o
superior do dia e o comandante-geral da PM-AC estiveram no hospital
acompanhando o caso pessoalmente.
"Nós, militares, mesmo tendo feito o
juramento de proteger a sociedade, inclusive com risco de nossa própria
vida, sendo ainda sabedores de todos os perigos inerentes à profissão
em si, sempre vislumbramos cumprir nossas missões e retornar com saúde
para o seio de nossa família. Mas, infelizmente, hoje, perdemos um
excelente policial militar", lamenta o comando.
Acusado teria oficializado denúncia contra PMs
O advogado Gouveia, que defende Magalhães, diz ainda que a família alega que o acusado sofria perseguição e agressão por parte de alguns policiais militares. A defesa diz ainda que os policiais foram até casa de Magalhães porque seu pai iria para um audiência na corregedoria.
O advogado Gouveia, que defende Magalhães, diz ainda que a família alega que o acusado sofria perseguição e agressão por parte de alguns policiais militares. A defesa diz ainda que os policiais foram até casa de Magalhães porque seu pai iria para um audiência na corregedoria.
"Ele [acusado) trabalha, tem
carteira assinada, mas é dependente químico. A família alega que outros
PMs agrediram ele e o perseguiam. Tanto que um senhor que trabalha na
corregedoria aparece no vídeo porque foi intimiar o pai do Kennedy a
comparecer na audiência", diz.
A defesa diz ainda que o acusado,
apesar de ter problemas com droga, não trafica entorpecentes. "Mas,
lembramos que a lei difere o usuário do traficante. Os usuários são
escravos do vício e a sociedade deve combater os tubarões do tráfico",
destaca.
O capitão Felipe Russo, da PM,
confirmou a denúncia na corregedoria, mas fez questão de ressaltar que o
cabo morto não estava envolvido neste episódio. "Outra guarnição foi
alvo de denúncias, mas são fatos que policias que trabalham certo estão
suscetíveis", explica.
Do G1 AC
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